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Sou obeso ou não?

A obesidade é uma doença universal de caráter crescente, que atingiu índices alarmantes, tornando-se uma verdadeira epidemia. O mais preocupante é que o número de obesos dobrou nos últimos 20 anos. Estima-se hoje que 55% da população das Américas seja de obesos. Desses 5% são obesos mórbidos. Para calcular seu grau de peso é necessária a seguinte fórmula:

Peso
 
I.M.C. =
___________
 
 
altura x altura
 

 

Calcule seu I.M.C. (Índice de Massa Corporal)

Peso:

kg
Altura:

m

 

I.M.C.:

Kg/m2

 

I.M.C.
Classificação
Obesidade (grau)
Risco de Doenças
abaixo 19
Magreza
0
Elevado
20-25
Saudável
0
Normal
25-30
Sobrepeso
I
Elevado
30-40
Obesidade
II
Muito Elevado
acima 40
Obesidade Grave (Mórbida)
III
Muitíssimo Elevado
acima 50
Super Obeso
-
-

 

O obeso mórbido tem 250% mais chances de adoecer do que o indivíduo de peso normal.

Por que fiquei obeso?

Tudo se resume no seguinte fator: entrada x saída (gasto de calorias). Se ingerirmos mais calorias em um dia do que nosso organismo necessita para sobreviver, acumula-se o excesso sob a forma de gordura.
Mais de 90% dos casos estão atrelados a ingestão de alimentos, principalmente os mais calóricos.
Alguns casos se devem também a:

- Menor queima de calorias: indivíduos com metabolismo basal mais baixo (gastam menos calorias para a manutenção básica de seu organismo como respiração, digestão, etc.).
- Formação de gorduras mais facilmente.
- Menor oxidação de gorduras, ou seja, menor transformação da gordura em energia.
- Fatores genéticos: tendências hereditárias para a obesidade.

Obesidade x Dieta x Medicamentos

Se você for obeso ou estiver com sobrepeso, primeiramente consulte seu médico de confiança. Faça exames para excluir causas orgânicas como problemas de Tireóide, uso de medicamentos com corticóides e alguns tipos de hormônios, etc.
Caso haja indicação de tratamento clínico, para bons resultados é indicado o acompanhamento de um Nutricionista, do serviço de psicologia aliado ao trabalho médico na reestruturação da alimentação e hábitos de vida.
Medicamentos, se adequadamente prescritos e bem indicados, tem seu espaço. Não existe fórmula milagrosa para emagrecer. A obesidade é individualizada, o tratamento de um paciente pode não ter o mesmo efeito em outro. O importante é levantar claramente “o porque estou engordando”, corrigir esses fatores e aplicar o medicamento coadjuvante adequado a cada caso. Sendo assim obtém-se um resultado eficiente.
Ninguém emagrece e fica magro tomando medicamentos e mantendo o mesmo comportamento alimentar e hábitos de vida que tinha antes. Diminuindo apenas a quantidade de alimentos devido ao efeito do remédio, ou seja, emagrece, mas o peso retorna em pouco tempo assim que acaba o tratamento. Como as causas da obesidade foram mantidas (dieta errada e hábitos de vida), o peso retorna rapidamente (efeito sanfona). Tratamento individualizado é a forma correta, honesta e científica para tratar o peso. Podemos servi-lo, se nos der a honra...

O que é obesidade mórbida?

É quando o peso atinge proporções na qual existe um aumento expressivo no risco de inúmeras doenças crônicas, (cerca de 250% +) como:

- Diabetes
- Doenças cardiovasculares – hipertensão arterial
- Dislipidemias: colesterol alto – triglicerídeos alto
- Apnéia do sono
- Artropatias, problemas de coluna, joelhos, tornozelos, quadril, etc.

É considerado obeso mórbido o indivíduo com I.M.C. > 40 ou I.M.C. >35 associado a uma ou mais doenças (co-morbidades).
O obeso mórbido tem também maiores chances de ter:

- Colecistite celulosa (pedra na vesícula)
- Câncer de diversos órgãos
- Infertilidade
- Falta de ar
- Cansaço
- Varizes
- Hemorróidas
- Derrame (A.V.C.)

Quem deve operar?

Pacientes com I.M.C. > 40 ou I.M.C. > 35 + uma ou mais co-morbidades.
Co-morbidades:

- Diabetes
- Colesterol alto ou Triglicerídeos alto
- Hipertensão arterial
- Doenças nas articulações e na coluna
- Apinéia do sono

Desde que tenham:

- Risco cirúrgico aceitável
- Capacidade de compreender o contexto da cirurgia
- Não respondam ao tratamento clínico: dietas, medicamentos, etc.


Quem não deve operar?

Principalmente:

- Alcoólatras
- Dependentes de drogas
- Pacientes com problemas psiquiátricos graves como: esquizofrenia, psicóticos, depressão não controlada.
- Falta de colaboração na compreensão do procedimento por parte do paciente.
- Risco cirúrgico não aceitável por algumas doenças prévias. Obs.: Diabetes, pressão alta, colesterol ou triglicerídeos altos desde que sob controle, não são impedimento para a cirurgia, pelo contrário, costumam melhorar muito ou desaparecem completamente com a perda de peso pós operatória.

A cirurgia tem riscos?

Sim, os riscos de uma cirurgia de grande porte. Porém, os riscos diminuíram muito com a evolução das técnicas e dos materiais cirúrgicos e também dependem da destreza do cirurgião que irá realizar o ato.
O que nos tranqüiliza muito é que o risco cirúrgico, hoje, é cinco vezes menor que o risco de se permanecer obeso mórbido. É cinco vezes mais fácil que o paciente venha a falecer devido à obesidade do que em uma cirurgia da obesidade.

É necessário preparo para operar?

Sim, só realizamos este procedimento após uma série de exames e avaliações prévias. Tais como:

- Exames laboratoriais
- Endoscopia
- Ultra-sonografia
- Avaliação psicológica ou psiquiátrica
- Avaliação nutricional
- Avaliação cardiológica
- Pneumologistas, fisioterapeutas, ortopedistas e endocrinologistas. (Quando necessário)

Posso engravidar após a cirurgia?

Sim, o ideal é que se espere o peso estabilizar, o que ocorre em um período de 1 ano e meio a 2 anos.

Quanto peso eu posso perder?

Depende da técnica usada e da participação do paciente no controle pós-cirúrgico. Não existe uma garantia da perda de peso. Porém, nas técnicas mais usadas atualmente, a perda de peso fica em torno de 40% do peso anterior a cirurgia, podendo variar de 30% a 50%, salvo em algumas exceções.

Posso comer de tudo?

Sim, após alguns meses não há impedimento quanto ao tipo de alimento. O que ocorre em geral é uma diminuição importante da quantidade ingerida.

O que é Cirurgia Bariátrica?

Baros = Peso
Cirurgia Bariátrica = Cirurgia do Peso

Popularmente conhecida como cirurgia da obesidade, ou cirurgia de redução do estômago.

Qual a idade para operar?

Não é uma regra fixa, mas a idade recomendada, desde que as condições permitam, seria dos 16 aos 65 anos.

Os planos de saúde pagam a cirurgia?

Sim, atualmente quase todos os planos e seguros de saúde custeiam parcialmente ou integralmente a cirurgia. O Centro de Cirurgia Bariátrica atende a praticamente todos os planos de saúde.

Quanto tempo é necessário ficar sem comer após a cirurgia? Passa fome?

Normalmente a alimentação é re-introduzida dentre 24 e 48 horas após o ato operatório. Até lá o paciente se mantém nutrido pela veia via soros e complementos. Habitualmente os pacientes não relatam fome neste período e em geral uma grande diminuição da fome após a cirurgia.

Existe dieta prévia?

Não, somente jejum a partir das 22 horas na noite anterior a cirurgia, evitando exageros alimentares nesse dia.

São realizadas reuniões entre pacientes e o grupo do Centro de Cirurgia Bariátrica?

Sim. Os operados e a equipe do Centro de Cirurgia Bariátrica se reúnem a cada 2 meses para troca de informações e orientação. Deve-se verificar a data na secretaria através do telefone (44) 523-6399.

Para maiores informações, contactar:
- Centro de Cirurgia Bariátrica: Fone/Fax (44) 523-6399
- Dr. Ivan Seleme: Fone (44) 9978-0467

 

Dietoterapia


Após a cirurgia bariátrica, que tem como objetivo principal a melhora da qualidade de vida através da perda de peso, a nutrição tem um papel importante porque a quantidade e o tipo de alimentos a serem consumidos devem ser limitados.
O objetivo do acompanhamento nutricional é buscar o bem estar físico e emocional, através da seleção dos alimentos que contenham os nutrientes adequados e que atendam às necessidades de cada indivíduo para que a rápida perda de peso não leve à desnutrição.
De maneira geral, a principal mudança na alimentação após a cirurgia é uma diminuição importante na quantidade de alimentos consumidos diariamente devido a redução do estômago. Porém, outros cuidados com a alimentação são fundamentais. Pode-se dividir o cuidado com a alimentação em cinco fases após a cirurgia:
Fase da alimentação líquida : esta fase compreende as duas primeiras semanas após a cirurgia e caracteriza-se com uma fase de adaptação. A alimentação é liquida e constituída de pequenos volumes (em torno de 50 mL por refeição) e tem como principal objetivo o repouso gástrico, a adaptação aos pequenos volumes e a hidratação.
Fase da evolução de consistência : de acordo com a tolerância e as necessidades individuais, a alimentação vai evoluindo de líquida para pastosa com a introdução de preparações liquidificadas, cremes e papinhas ralas.
Fase da seleção qualitativa e mastigação exaustiva : passado o primeiro mês após a cirurgia, inicia-se uma fase onde a seleção dos alimentos é de fundamental importância pois, considerando que as quantidades ingeridas diariamente continuam muito pequenas, deve-se dar preferência aos alimentos mais nutritivos escolhendo fontes diárias de ferro, cálcio e vitaminas. Como a alimentação passa a ser mais consistente deve-se mastigar exaustivamente.
Fase da otimização da dieta : nesta fase a alimentação vai evoluindo gradativamente para uma consistência cada vez mais próxima do ideal para uma nutrição satisfatória. Geralmente, esta fase ocorre a partir do 3º mês após a cirurgia quando, quase todos os alimentos começam a ser introduzidos na alimentação diária.
Fase da adaptação final e independência alimentar : esta fase deve acompanhar o paciente a partir do 4º mês e, como nas fases anteriores, também evolui de acordo com as características individuais podendo iniciar-se um pouco antes ou um pouco depois do 4º mês. O paciente já tem bastante segurança na escolha dos alimentos e está apto a compreender quais são os alimentos ricos em proteínas, glicídios e lipídios, cálcio, ferro, vitamina A, vitamina C, folatos além de outras propriedades nutricionais.

Dra. Marli Banancin Souza - Nutricionista
CRN 3-3069

 


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